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República do Caústico

Apanhei Sol a mais..

18.05.11, João Maria Condeixa
A coisa mais surpreendente por estes lados não está no túmulo de Lenine - senhor que passou hoje por mim várias vezes - nem em nenhuma Matrioska - por maior que seja - nem nas esbeltas pernas das senhoras russas, que insistem em usar saltos altos até ao rabo e cintos tão estreitos quanto o meu. Está na exposição solar. Aqui isso compreende, por esta altura, 19 horas de Sol, pois o Astro acorda às 3 e pouco da madrugada e põe-se às dez e muito da noite. Uma brincadeira que sabia (...)

Vou a caminho, Camaradas!

17.05.11, João Maria Condeixa
  Vou só ali num pé a Moscovo e volto noutro. Digam ao camarada Jerónimo que lhe trago uma Matrioska e umas fotografias de telemóvel para ele se aperceber que até aquele mundo mudou. Quanto ao meu voto estejam descansados: a não ser que o túmulo de Lenine tenha uma maldição, está definido faz tempo e não pende para os lados do morto..  

Pelo reino de David (4)

05.03.11, João Maria Condeixa
[post anterior] É dia de dar o salto ao outro lado do muro! A curiosidade em descobrir a Palestina e aqueles que a habitam adia a descoberta da restante Jerusalém e o pequeno-almoço é tomado nas portas de Damasco, sob o súbito impulso nervoso de quem, há segundos, se propôs a desbravar um território que aprendeu a temer e a olhar com estranheza. A ansiedade invade-me o corpo e a falafel com húmus e (...)

Pelo reino de David (3)

13.02.11, João Maria Condeixa
(Santo Sepulcro, Igreja do Santo Sepulcro, Jerusalém, Israel) [post anterior] Continuo viagem por entre o cardume de pessoas que segue em contra-mão. Perco-me com os diferentes cheiros, cores e credos que compõem Jerusalém. Mais tarde, já dentro da Igreja do Santo Sepulcro, quando toco a marca que se diz ser o "Centro da Terra", tudo se torna lógico: a Terra gravita sobre o seu centro e quanto mais (...)

Pelo reino de David (2)

01.02.11, João Maria Condeixa
[post anterior] (Damascus Gate, Jerusalem) A chegada a Jerusalém faz-se de mapa na mão, bem junto aos olhos, tentando perceber por qual dos quatro quarteirões da cidade velha vamos entrar. As hipóteses estão definidas, explicitamente divididas e bem claras: Arménio, Cristão, Judeu e Muçulmano. A sorte e predisposição para estas coisas leva-me ao mais complicado, estranho e movimentado: entrar em (...)

Pelo reino de David

30.01.11, João Maria Condeixa
(fotografia tirada no Planalto de Masada- Out 2010) É raro conseguir falar de imediato sobre uma viagem. Tenho primeiro de as mastigar e ganhar-lhes distância para as compreender e depois falar sobre elas. Dirão: "ah, mas eu quando vou na excursão atolhado de rapaziada amiga falamos logo sobre o que estamos a ver e não sinto nenhum desses constrangimentos existencialistas de meia-tigela. E chegado a Portugal é um debitar de fotografias e narrar de histórias intermináveis e (...)

E o Natal ganha novo sabor

24.12.10, João Maria Condeixa
(Igreja da Natividade - Belém - Território Palestiniano) Descer o mercado em Belém, por entre toda a balbúrdia que os árabes lhes impõem, até chegar à Igreja da Natividade para depois descer em silêncio absoluto à gruta onde há 2010 anos terá nascido um menino chamado Jesus, modifica-nos por completo o Natal. Este ano o meu ganhou um novo sabor. Feliz Natal!

Relatos breves (7)

23.10.10, João Maria Condeixa
Existem dois Sabbaths: o de Jerusalem, vivido numa vertente bastante espiritual e o de Tel Aviv, muito mais liberal, mas tremendamente denunciador da importancia que a familia constitui neste pais. Num ou noutro local e' impressionante a forca que este periodo tem. O domingo catolico dura pouco mais de uma hora, que e' o tempo da missa e de dois dedos de conversa em frente a Igreja. O Sabbath cavalga a propria religiao, dura um dia e meio e propaga-se por tudo aquilo que e' rua, areal (...)

Relatos breves (6)

22.10.10, João Maria Condeixa
Voltei a casa. Pode parecer estranho e ate' tendencioso, se for lido do ponto de vista politico, mas a verdade e' que voltar a Israel depois de incursoes 'as "arabias" traz-nos essa sensacao de voltar a casa.   A razao e' simples e ja' aqui fui adiantando: os europeus vao tendo, cada vez mais, tudo programado, definido, arrumado e compartimentado. Mas o que e' uma mais valia - desde que nao levado ao excesso, claro - pode tornar-se num pesadelo, quando nos e' tirado. Se 'a nossa (...)