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República do Caústico

O dilema do fim-de-semana

16.07.11, João Maria Condeixa
  Quando as semanas são esgotantes o fim de semana é programado para o máximo descanso. O plano é simples: relaxar da falangeta do dedo grande do pé à ponta do nariz. Anything else is too damn much! Só que depois, quando o fim-de-semana termina, a retrospectiva que dele fazemos é desoladora: não aproveitámos convenientemente os únicos dois dias que temos para espairecer. A liberdade também serve para termos dores de cabeça, não pensem. Ainda assim, prefiro-a a ela, se não (...)

O café a quem o trabalha

19.04.11, João Maria Condeixa
Trabalha que nem um cão. Serve à mesa num pequeno restaurante, um café, quase, cujo nome não pronuncio, não vá um sindicato fechá-lo junto com a ASAE e eu ficar sem as suas iguarias. Diz-me que já teve um restaurante seu, mas que com a quebra de clientela, as avenças obrigatórias, as responsabilidades de empregador, os impostos e outras asfixias, fez as contas e preferiu vender e passar a trabalhar para outrém. Não se arrepende.   Foge à lei laboral para poder sustentar a (...)

Diferentes acordares

22.12.10, João Maria Condeixa
De barba aparada, roupa lavada, guedelha penteada, estancava hirto à minha frente, em intenso exercício matinal. Ia rodando os dedos da mão direita fossas nasais acima, bem acima. Primeiro o indicador, pornograficamente penetrado até aos confins do que o seu septo nasal permitia, e depois o mindinho, mais curto, mas nem por isso menos eficiente na remoção de toda a tralha que tinha ficado da noite passada.   De repente, o resto do corpo ganha vida e move-se, cambaleando até à (...)

Em busca do amanhã

06.04.10, João Maria Condeixa
"Já estive na Figueira da Foz, em Loulé, em Valença, agora ando por Lisboa, mas quero ver se me piro para o Dubai!" - ouvido no café de manhã. Pedreiros há que parecem viver em permanentes missões arriscadas pelo mundo fora, como se de militares de elite se tratassem. Combatem o desemprego e a quebra de oferta no sector, buscando aqui e ali soluções. "Vergam a mola" - como eles próprios diriam - onde e como tiver de ser. A filosofia dos que têm na mão um balde de massa ou (...)