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República do Caústico

Aflito para se aliviar

24.02.11, João Maria Condeixa
Guardo a ligeira impressão que Portugal deve estar a ser visto como um daqueles putos baixinhos, rabinos e travessos, que fartos de fazer merda o dia todo e adiando o mais possível o assunto, ficam à porta da casa-de-banho, de pernas quase cruzadas e mãos em concha sobre a virilha, batendo insistentemente para entrar à medida que a "aflição" vai aumentando.    É que, aparentemente, vamos agora esperar até 24 e 25 de Março por uma cimeira (...)

Um pavão na pateira

16.02.11, João Maria Condeixa
Eu vivo num país onde, entre a ida de Durão Barroso à Presidência da República e a chamada de urgência de Teixeira dos Santos ao Palácio de Belém, há tempo para um Primeiro-Ministro encher o peito e vangloriar-se com os números de 2010 ignorando por completo a retracção do último trimestre, que é prenúncio da recessão anunciada por muitos especialistas para o ano de 2011.   Como se as razões que levaram as outras 3 personalidades políticas a reunir não fossem (...)

Será a vinda do FMI evitável?

10.01.11, João Maria Condeixa
Enquanto Portugal vai apurando o seu pedido de ajuda ao FMI numa panela de pressão - devagar, devagarinho, até a coisa apitar no limite da explosão - a Europa vai-se desdobrando, num acto solidário e no egoísmo legítimo de quem quer minorar o número de membros a reclamar ajuda, em declarações e desmentidos que visam ajudar o nosso país.   Mas e se Portugal não o conseguir evitar? Merkel e a Europa ficarão com a reputação de Teixeira dos Santos - que ignorava a crise e a (...)

Sempre prontos a pagar

03.01.11, João Maria Condeixa
  Não sei o que é pior para Portugal: se o aumento de impostos, se o conformismo estampado no rosto de cada um dos entrevistados nestes primeiros dias do ano. Dão-lhes merda para comer e eles queixam-se da falta de sal. Vão-lhes ao bolso e eles limitam-se a encolher os ombros e a dizer que o melhor é não fazer contas à vida. Ao microfone, no pouco tempo de antena que lhes dão, praticamente nenhum se queixou do saque via impostos. Resignados em frente à câmara, guardam a (...)

2010: Momentos Únicos! (3)

31.12.10, João Maria Condeixa
2010 foi o ano em que o mundo mudou a cada 3 dias. O ano em que um governo já de si inábil no cumprimento de promessas eleitorais - José Sócrates disse-me que prefere o termo "objectivos" - passou a navegar sem rumo, sem cumprir sequer o que dissera 48 horas antes. Um ano cavalgado por PEcs sucessivos: um em Março, que rapidamente se mostrou insuficiente; outro em Maio, que teve a colaboração do PSD e que se propunha mais adequado à realidade difícil que Sócrates teimava em não (...)

Peças em queda

14.11.10, João Maria Condeixa
A pressão sobre aquela primeira peça de dominó era imensa. Há meses a fio que o PS aguentava um executivo trôpego, incompetente, desnorteado e descredibilizado sem que transpirasse uma gota de desunião. Sei bem que os empregos, cargos e favores, sobretudo em época de crise, são o cimento perfeito para que essa coesão permaneça, mas desta vez o PS estava a exceder-se a si próprio e a durar tempo de mais sem que uma voz crítica se destacasse.Como se nada à sua volta se passasse. (...)