República do Caústico

É verdade que todos, ou quase todos, os nossos Primeiros-Ministros antes de o serem já tinham previamente passado pelo crivo do Grupo Bilderberg. E todos, sem excepção, a convite de Balsemão, que lá parece ir levando afilhados para a bênção pelos grandes padrinhos. Fica assim a leitura que, no dia de reflexão laranja, Pinto (...)

As relações entre Aguiar Branco e Paulo Rangel extremaram-se com este debate. Em política tudo é possível e até sexta bem se podem fundir as candidaturas, mas depois da noite de hoje a probabilidade de um entendimento diminuiu francamente, contrariamente ao que eu previra. Assim separados, com claques acicatadas uma contra a outra, só beneficiam Passos Coelho. S (...)

Preocupante não é saber se Rangel tem sido trocidado ou não em cada debate. Preocupante é saber que cada um dos que ali tem apresentado ideias poderá, também, vir a ser trocidado em debate com José Sócrates e ainda assim vir a ser Primeiro-Ministro, o que não me dá grande  esperança sobre o futuro.

Rangel terá tirado férias? É que os outros - embora também se possam estar a baldar  valentemente - sempre nos deixam na dúvida se durante o dia cumprirão, minimamente, com as suas funções e só depois fazem a apologia da sua candidatura lá mais para a tardinha e noite dentro. Agora Rangel, tenho a certeza que já não pica o ponto no PE faz tempo...

"Precisamos de um D. Dinis para repensar a agricultura em Portugal", Paulo Rangel dixit.   Curioso como a República Portuguesa é pródiga em desejar reis: aguarda indefinidamente D. Sebastião e agora clama por D. Dinis para repensar o mundo rural. Ou terá Rangel querido dizer  que Jaime Silva atirou a agricultura back to the XIV century?

Deu para perceber que Rangel já tem nome para a moção: "Libertar o Futuro". Só não deu para perceber se tem noção que está muito amarrado ao presente. Mas esperemos para ver. Verdade é que o PSD, continua a pregar-me partidas. Distraio-me cinco minutos e "já estás": toma lá 3 candidatos (...)

Antes que comecem para aí a dizer que Sócrates terá sido pretensioso, presunçoso, altaneiro e coiso e tal, com a frase "Não precisamos de nada de Bruxelas", dada em entrevista ao NY Times, convém esclarecer que o Primeiro-Ministro se referia à candidatura hoje lançada por Paulo Rangel