O empregado de mesa acabou de me anunciar o governo todo em primeira mão. Disse-me todas as pastas, Secretarias de Estado e com sorte, se lhe tivesse perguntado, ainda me dizia os chefes de gabinete.
Nada mal para quem diz não ler notícias, nem ver televisão. Deve ter juntado peça a peça pelas conversas de café que ia ouvindo.
Em Portugal é assim, quem sabe, sabe. E o empregado de mesa, cunhado do taxista, é que sabe.
É notória a vergonha que temos nos nossos números do desemprego e a dificuldade que os nossos governantes têm em lidar com o assunto. Desde que ultrapassámos os 10%, que nos vêm impingir a ideia, com base no emprego sazonal, de que estamos a melhorar ou que os dados do Eurostat são pouco fiáveis. Enquanto o país clama por soluções e o Presidente da República exige para que se conte a verdade, o governo e o PSD, embaraçados por não terem soluções, vão aproveitando (...)
A busca da eterna juventude foi sempre algo que nunca me suscitou interesse. Descobrir tal elixir e comercializá-lo ainda vá, mas bebê-lo, mesmo que funcionasse, não é para mim. A vida só ganha interesse por se saber finita. E finita não significa obrigatoriamente sofrível, embora ache que seja nesse mal-entendido que resida tanta ansiedade pela milagrosa descoberta da cura contra o envelhecimento. Dizia o meu avô materno que "a velhice, é uma chatice!". Talvez seja, mas uma (...)
Há um bocadinho de Neandertal dentro de nós, adianta o Público. No caso das claques que se irão defrontar - sim, porque elas também se defrontam num "jogo" paralelo, não são só os futebolistas - o bocadinho é manifestamente maior! Diria mais: Há um bocadinho de Homem Moderno nesses adeptos.