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República do Caústico

Balanço de dois meses

26.08.11, João Maria Condeixa
2 meses de governação pouco ou nada interessariam antigamente. O simples facto de hoje serem alvo de avaliação é sinal de que algo já está a mudar. É bom que este Governo se habitue a ser avaliado ao segundo, pois é na respectiva proporção que se pede que tome decisões. E que até hoje tem cumprido.

A diferença dos pequenos pormenores

01.07.11, João Maria Condeixa
Há uns anos, Guterres chamou-lhe um pântano e pirou-se. Depois foi Durão Barroso a dizer que o país estava de tanga e também acabou por sair. Sócrates, o profissional da desculpabilização, queixou-se do governo anterior, dos governos anteriores, da crise internacional, da oposição, do porteiro da AR, do pavão de S. Bento, enfim, de todos. Felizmente não conseguiu sair de fininho. Foi Portugal que o pôs na rua!   Face à herança recebida, este governo não abriu a boca. É (...)

Próximo passo: largar a agência de viagens

22.06.11, João Maria Condeixa
Meio mundo histérico de alegria com o exemplo dado por PPC, que é meritório. Há muito tempo que os portugueses não viam um gesto nesse sentido - dos políticos serem compartilhadores das dificuldades vividas - e por isso espantam-se e batem palmas efusivamente. Em 24 horas vêem um a andar de Vespa e outro a passar de "cavalo para burro". Sinceramente, Portugal precisava deste tipo de sinais.   Mas a mim ainda me falta perceber por que raio precisa o Estado que seja a Top Atlântico a tratar-lhe dos bilhetes, se a TAP até é sua! (...)

O Onze de Passos Coelho

18.06.11, João Maria Condeixa
Este nosso estádio está cheio de velhos do Restelo que irão estranhar antes de entranhar. E por isso faltou compôr o ramalhete com um jogador reverencial. As claques reclamam mudanças, mas não gostam quando elas se fazem. As claques queixam-se de paternalismos, mas apavoram-se quando eles desaparecem. As claques pedem novos jogadores e tácticas - dizem mesmo que esse é um dos grandes males do país - mas amedrontam-se quando eles surgem. Para as satisfazer, faltou apenas esse (...)

Conversas de café

16.06.11, João Maria Condeixa
O empregado de mesa acabou de me anunciar o governo todo em primeira mão. Disse-me todas as pastas, Secretarias de Estado e com sorte, se lhe tivesse perguntado, ainda me dizia os chefes de gabinete. Nada mal para quem diz não ler notícias, nem ver televisão. Deve ter juntado peça a peça pelas conversas de café que ia ouvindo. Em Portugal é assim, quem sabe, sabe. E o empregado de mesa, cunhado do taxista, é que sabe.

Vamos ter saudades deste ministro

03.06.11, João Maria Condeixa
Era uma espécie de oráculo para José Sócrates (e vice-versa): quando olhávamos para ele sabíamos que roupa iria vestir o Primeiro-Ministro no dia seguinte (e vice-versa); quando o ouvíamos sabíamos o que nos ia dizer o Primeiro-Ministro no dia a seguir (e vice-versa ); quando o víamos na defensiva era porque o Primeiro-Ministro tinha feito asneira (e vice-versa); quando o víamos desmentir uma notícia era porque o PM tinha mentido no dia anterior (e vice-versa); quando falava (...)

A desfaçatez dos últimos dias

01.06.11, João Maria Condeixa
O tempo de antena do PS é farto em ideias para o país. Fala em preservar a escola pública e o Serviço Nacional de Saúde. Não diz como, nem a que custo, mas isso não interessa nada: as miss Universo também querem sempre a paz no mundo e nunca explicam como lá chegamos e acabam por ser eleitas.   Além de que estes temas servem de pretexto para atacar o PSD, esses (...)

A mentira recorrente

28.05.11, João Maria Condeixa
Primeiro esconderam a crise. Depois esconderam a necessidade de pedir ajuda. Mais tarde esconderam o acordo que tinham feito, optando por apresentar aquilo que o documento não tinha. Depois esconderam a sua tradução. E por fim esconderam o negócio final que tinham acordado com a Troika.   Não interessa se apenas mudaram as datas - aparentemente mudou mais qualquer coisa -. O que importa é que mais uma vez o governo mentiu aos portugueses. Ocultou-nos a verdade. E isso é razão (...)