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República do Caústico

O morto, o venturoso e Newton à beira de apanhar com a maçã

16.07.10, João Maria Condeixa

 

 

 

Portas não marcou apenas o debate de ontem. Deixou marcas que irão condicionar o debate político até às presidenciais e, com sorte, poderá vir a dizer que foi o primeiro a dar a sugestão que o país precisava. Mas Portas também fez mais que isso. Estampou um sorriso de esperança na maioria dos portugueses, que ainda que vote PS, já não pode, nem consegue ouvir Sócrates. O que Portas fez contribuiu mais para a esperança do país do que o optimismo forçado e anedótico do vosso Primeiro-Ministro que está mesmo, mesmo de saída.

 

Pena que a recta final de um, abra alas à relaxada chegada de outros. Explico: da mesma forma que Sócrates não ganhou a sua primeira eleição - foi Santana que a perdeu - também Passos Coelho não irá vencer as próximas - será Sócrates que as entregará de bandeja -. E isso de andar de governo, em governo que pouco se esforçou para lá chegar, que poucas alternativas criou para conquistar esse lugar, que pouco estudou para mudar um país, também é causa dos problemas em que nos vemos mergulhados. Faz-nos falta a conquista por mérito próprio.

 

Sócrates está em vésperas de actos fúnebres, Portas tem unhas para tocar guitarra e Passos Coelho está de braços cruzados à espera da maçã que irá cair.