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República do Caústico

OE 2010 e um amadurecimento geral? (2)

25.01.10, João Maria Condeixa

Como dizia no post anterior, a propósito de negociações, a crise parece ter trazido algum amadurecimento às partes. E utilizei o exemplo da Autoeuropa para o ilustrar. Mas Portugal precisa de muito mais do que um entendimento daquele género:

 

A Autoeuropa produz e aliás um dos problemas que tinha era produzir mais do que a procura. Vai daí ajustou-se. Portugal não produz o suficiente e parece não querer ou conseguir ajustar-se.

 

A Autoeuropa ajustou-se em grande parte graças a uma flexibilidade laboral que no resto de Portugal continua a assustar os direitos e o barões assinalados. Talvez também por isso nunca passemos além da Taprobana.

 

A Autoeuropa não tem o 5% de défice para recuperar até 2013 e muito menos tem uma dívida pública que atingiu os 77% do PIB. Antes deste cenário já a VW teria transferido ou terminado com a unidade. Portugal apesar deste cenário insiste em não controlar a despesa e por via da receita as coisas não se afiguram favoráveis. Uns dizem que só um aumento de impostos nos pode salvar. A propósito disso a Autoeuropa pensa nos clientes como sendo aqueles que lhe pagam o salário. Portugal pensa nos contribuintes da mesma forma, mas pouco ou nada lhes dá em troca a não ser mais hipotecas futuras.

 

A Autoeuropa já contrata mais mão-de-obra. Já Portugal...