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República do Caústico

A mão que embala a dívida

26.04.10, João Maria Condeixa

Depois de o endividamento líquido ter vindo a descer em 2006 e 2007, o ano de 2008 inverteu esta tendência, apresentado um aumento desse indicador na ordem dos 5,8 por cento. De acordo com os autores do estudo, esta subida deve-se sobretudo ao impacto da crise económica e financeira internacional.

 

As autarquias deram esse disparo no período de "paz construtiva". Imaginem, agora, quanto terá crescido o endividamento o ano passado em vésperas de eleições. É aí que as rotundas brotam, os jardins são arranjados, as fontes se erguem e as fitas se cortam em sinal de pré-campanha. De pouco nos serve conhecer este valor de 5,8% (ou 7%) se sabemos, à priori, que a mão autárquica daquele que se prepara para ir a votos é bem mais devastadora que qualquer crise internacional.

 

A crise é de agora. O comportamento esbanjador, sorvedouro do contribuinte, conservador do seu poderzinho, defensor dos seus interesses e dos que os rodeiam, vem de longe!