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República do Caústico

É assistencialista e coiso e tal....

07.08.11, João Maria Condeixa

Pegou moda chamar ao PES - ao Programa de Emergência Social, não ao Pro Evolution Soccer, bem entendidos - coisa assistencialista. Na falta de melhor, alvitra-se um palavrão ideológico e está a crítica feita. O rol de medidas não sofre beliscadelas, mas o Sidónio é chamado à baila sem sequer se lembrarem - ou mesmo saberem - que aquela foi uma resposta pós-guerra num tempo em que o Estado que hoje conhecemos não existia e que por isso pouco ou nada tem a ver, mas que chegou a uns quantos estômagos famintos - que de ideologia pouco se alimentavam -.

 

Em política, não conseguir antecipar o futuro, não o querer antever ou ignorá-lo paga-se caro. Foi isso que aconteceu com o encolher de ombros a que assistimos durante uns anos. Atitude essa que valeu a que hoje muitos precisem de uma resposta extraordinária, resultante da articulação com todas as forças - que sirva de complemento ao que o Estado sozinho já consegue dar -, e que se acautele, com ainda mais atenção, o que o futuro próximo possa guardar. Ignorar sinais externos seria um erro. Ficar refém de grilhetas ideológicas seria prejudicial. Racionalizar, combater o desperdício e aumentar a eficácia torna-se um imperativo.

 

Com o PES, o Estado e as suas respostas não deixam de existir. As tias e a sua caridadezinha não passam da capa da CARAS para o substituir. Mas antes é reconhecido e valorizado quem sabe do ofício: as IPSS, as Misericórdias e as Mutualidades. Dizer o contrário é afrontar anos de meritório trabalho destas instituições.

3 comentários

  • Tem de facto essa imprecisão: não é pós-guerra, mas é consequência da Guerra.

    Quanto a custos, a ideia é reforçar o sector solidário que emprega 250 mil pessoas e tem espaço e vontade para empregar mais. Este é um sector que aposta nas economias locais e que não se deslocaliza e que por isso, ao mesmo tempo que dá resposta, combate a desertificação. Um sector que emprega mão-de-obra de idade mais avançada. Pontos que valorizam esta aposta, em vez de se estar a criar estruturas - como era apanágio do passado - para gerir o programa!
  • Londres 1666 de 2 a 5 de Setembro

    Este veio mais cedinho e irá de 6 a 9 ou mais além

    o outro foi uma vela

    este foi excesso de assistencialismo

    que concentrou massas de subsidiados no próprio coração de Londres

    nã é o east end que está em chamas

    e há muitas zonas posh

    por aqui só queimaram dois papelões e um vidrão

    o sector solidário não emprega 250 mil muitos são voluntários

    outros como a Isabel Jonet filha ou sobrinha do capitão de fragata promovido a contra-almirante Jonet
    ganha um estipêndio

    como muitos provedores de Santas Casas
    e de associações de funcionários públicos

    a Associação de Solidariedade dos Profes
    é um couto de despesismo e de prebendas públicas

    que vem desde o Estado Novo

    ainda tem ex-reitores de Escolas Técnicas ao leme

    pessoal de 92 ou 94 anos com fortunas acumuladas

    à custa da Solidariedade

    e.....não vão deixar os 10% de imposto de selo pró estado

    resumindo há muito trigo e muito joio

    logo cuidado em quem se subsidia
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