Um rating de comportamentos
Agora que todos percebem de economia e sabem, tão bem, avaliar os comportamentos das agências de rating, parecem esquecer-se que nos pusemos a jeito ao gastar para lá das nossas capacidades e ao ignorar a necessária estruturação da economia - foi mais apetecível assentar tudo em frágeis tijolos de serviços que nasciam que nem cogumelos -.
Não quero dizer que as agências não revelem um comportamento tendencioso, mas não podemos agora preferir tapar o Sol com a peneira e falar da federalização da União Europeia e de outras "refundações paradigmáticas" que a UE tem de sofrer ou de estratégias concertadas e de teorias de conspiração, para adiar ou ignorar, mais uma vez, aquilo que temos todos de fazer: mudar o estilo de vida.
Quando a vontade de mudar está emperrada, todas as adversidades são úteis aliados. E, ainda que as agências de rating possam estar num ataque concertado, não podemos esquecer que há quem as queira neste papel. Sempre ajudam a ficar tudo na mesma..