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República do Caústico

Em entrevista comparada

20.09.11, João Maria Condeixa

Noutros tempos o PM não teria ido à televisão com uma pedra, de um tamanho de uma ilha, no sapato. Antes teria criado várias frentes de guerra - especialmente envolvendo o PR - e saído ileso do momento. Mas não teria até porque não poderia criticar o que também era o seu comportamento. Esta era a prática "spinnada" de José Sócrates.

 

Noutros tempos o PM não teria admitido o fail da Grécia como um cenário possível, antes teria ignorado todas as "conjunturas pessimistas" e suas eventuais consequências até ao momento em que elas lhe entrassem por S. Bento adentro, hipotecando muitas das soluções aos portugueses. Esta era a versão autista de José Sócrates.

 

Noutros tempos o PM não teria, sequer, 100 milhões de euros de corte na despesa para apresentar. Muito menos em 2 meses. Esta era a costela socialista de José Sócrates.

 

Noutros tempos o PM não seria questionado sobre os cortes - ai afinal existem?! - em áreas sensíveis apenas porque nem sequer se teria debruçado sobre o assunto. Mesmo que na saúde os custos tivessem aumentado sem uma evolução correspondente da qualidade e ninguém tivesse dado por isso. Esta era a técnica de engorda estatístico-estatal de José Sócrates.

 

Noutros tempos o PM não teria de falar das reacções corporativistas face aos cortes, apenas porque não teria confrontado esses poderes. Esta era a técnica de sobrevivência de José Sócrates. Se a coisa apertasse muito, voltava-se atrás.

 

Noutros tempos o TGV continuaria a existir em vez de uma opção 4 vezes mais barata e igualmente competitiva. Esta era a ideia megalómana de José Sócrates.

 

Noutros tempos o PM não falaria de privatizações, muito menos 2 meses depois de ter tomado posse, muito menos com vista à mudança de papel do Estado. Esta era a outra costela socialista de José Sócrates.

 

Noutros tempos a avaliação dos professores não teria sido puxada pelo próprio para cima da mesa. Este era o seu mais evidente falhanço governativo e que agora, em 2 meses, ficou resolvido.

 

Enfim, nada que espante: o grau de execução de outros tempos não era famoso e a atitude também não.

 

Ah e noutros tempos os pavões pupilavam lá fora..

Alguém me explica este link?

17.09.11, João Maria Condeixa

A notícia é falsa. Quem a desmente é a ERSE. E não obstante isso o link ainda é este que vos deixo - http://economia.publico.pt/Noticia/Filhos-de-uma-grande-puta-2012_1512168 -.

 

Partindo do pressuposto que não há linhas editoriais assim, o Público deve ter sido vítima de pirataria, só pode. Mas a mudança de link é possível e um dia terá de ser feita.

Jardim vs Alberto João

02.09.11, João Maria Condeixa

Alberto João Jardim consegue ser oposição a si próprio, na mesma frase e várias vezes à semana. Sempre que aponta o dedo ao PS ou ao continente, dizendo que a situação se tornou insustentável por um comportamento despesista, fala contra si e o seu igual comportamento. Às terças, quintas e sábados critica aquilo a que se dedica às segundas, quartas e sextas sendo que o domingo é para o carnaval!

Não fosse empregar meio mundo e o poder já teria mudado. Mas pode sempre dizer que a coisa é semelhante nas autarquias do continente.