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Quando o filho contraria o pai corre o risco de ser deserdado. Quando o pai já pensava em deixar a herança a outros, a perda não é grande. Este sinal do PSD e de Passos Coelho não é uma afronta - tão pouco é o tremer da cooperação estratégica pois esta nem sequer foi declarada -.
É antes um marco na vida do PSD que veio confirmar aquilo que a constituição deste Governo já tinha indiciado: o cordão umbilical começa a ser desfeito.
Cabe agora a Cavaco Silva aceitar o facto com naturalidade para que na reforma possa gozar os netos.
2 meses de governação pouco ou nada interessariam antigamente. O simples facto de hoje serem alvo de avaliação é sinal de que algo já está a mudar. É bom que este Governo se habitue a ser avaliado ao segundo, pois é na respectiva proporção que se pede que tome decisões. E que até hoje tem cumprido.
My name is Rico, Amé..Rico!
Amorim diz não ser rico, mas antes trabalhador. Eu digo o mesmo. Só que ao contrário de mim ele pode acreditar totalmente na minha afirmação.
Mas se esta afirmação foi infeliz, todas as outras, nacionais ou estrangeiras, não o foram menos. Em vez de dizerem que sim e de se armarem em beneméritos de circunstância - pois se o quisessem mesmo ser já podiam ter feito avultadas doações sem que nada os impedisse - deveriam antes ter dito que não andam a gerar riqueza para alimentar vícios de ricos e que enquanto o Estado não aprender a conter a sua despesa, a gastar apenas o que tem, a aumentar a eficiência redistributiva e o retorno dos seus impostos, então não valerá a pena contar com eles mais do que já conta.
Não o terem feito é darem espaço a que hoje sejam taxados os super-ricos, amanhã os muito-ricos, depois de amanhã os ricos-assim-assim and so on, até ao último da cadeia alimentar, sem que o Estado - esse que precisa de ser educado - emagreça tanto quanto se deseja!
Os ricos já contribuem proporcionalmente mais, de acordo com os seus rendimentos, para o sistema. A prioridade sim, deve ser a diminuição do Estado e das suas superfluidades e o combate à evasão fiscal. Só assim vamos lá sem que amanhã nos voltem a pedir mais e mais.
Este blogue quebrou a barreira dos 1000 comentários. Tem comentaristas de circunstância, outros residentes, uns que se identificam - a quem dou primazia - e outros que se mantêm no anonimato como um velho rebarbado numa casa de peep-show.
Além destes, há ainda aqueles - e são uma grande maioria - que em vez de escrever aqui, onde faz mais sentido e onde há mais espaço para o efeito, preferem o acesso fácil do facebook. Para uns ou para outros esta República não estabeleceu previamente critérios de resposta, resultando do meu próprio interesse, disponibilidade e "azeites" o momento do contraditório. E sim, sabe bem não ter regras para o efeito e poder-me marimbar para isso.
Mas apesar de não viver refém de comentários a verdade é que se não fossem eles a piada não era a mesma. Claro que se os quisesse assim tanto, sempre podia escrever sobre bola ao final de cada jornada, dando marteladas no árbitro, ou sobre moda. A moda agora está na moda! Ou metia uma cassete recalcada e com uma única faixa de azedume contra tudo e contra todos e a coisa seguia por esse caminho. Mas não quero! Por isso mantenham-se em contacto e vão escrevendo, sff, que a gerência agradece e a República ganha interesse.
Podem estranhar - podem até dizer que é uma coisa forçada e brejeira - que estando Agosto a terminar só agora recorra a este título. Podem dizer que é uma espécie de Quim Barreirice fora de tempo e despropositada e que por isso cheira mal. Mas o que vos digo é que se fui buscar esta frase é porque ela estava na capa de uma nova revista em que tropecei e que agora vos quero recomendar - tropeçar é mesmo piada, pois se vissem a ginástica que tive de fazer para a tirar da terceira prateleira lá no alto donde ela estava iriam perceber que, não só devo uns milimetros ao Michael Jordan, como as papelarias das nossas praças não percebem puto de estratégia de venda, mas enfim -.
O importante a reter é que a coisa tem pinta, chama-se The Printed Blog, está cheia de bloggers por todo o lado e que a avaliar por este nº1 não se perde mesmo nada em acompanhar.
O melhor indicador de cortes na despesa e na estrutura do Estado é a discussão ideológica. Quanto maior esta for, maior será o corte. Quanto mais se falar em Hobbes, Locke e Rousseau, mais profunda e estudada promete ser a coisa. Portugal deve ser o único país do mundo onde a receita para as finanças sai de um livro de ciência política.