Milhares de funcionários públicos excluídos da ADSE. Concorde-se ou não com o sistema, o Estado, para não variar, está em incumprimento de obrigações, defraudando expectativas, apropriando-se de fundos que não lhe pertencem - uma vez que os descontos contemplam uma pressuposta compensação de serviços de saúde - e protelando, através de um jogo do empurra, respostas e soluções ao seu contribuinte, aquele que o sustenta.
Cerca de 10 mil pessoas foram transferidas do Ministério da Educação para 112 autarquias. Só que o Estado, marimbando-se em quem o suporta, antes de o fazer, não acautelou o devido entendimento. Isto é, Governo e autarquias, não chegando a entendimento sobre quem passaria a pagar a ADSE, avançou na mesma, sabendo de antemão que deixaria órfãos milhares de funcionários públicos em período de Inverno e carência financeira. Ora, como não existe nenhuma facilidade em constituir um plano de saúde alternativo e esses funcionários públicos estão totalmente dependentes do sistema, também ele, público, que fiquem com dentes podres, com glaucomas e ataques de asma enquanto, atirados das Câmaras para o Ministério e do Ministério para as Câmaras, aguardam que alguém lhes assuma a paternidade.
O importante é que continuem a pagar. Receberem o que lhes é devido, é secundário. Se fosse ao contrário queria ver.
PS- E ainda assim há aqueles que se orgulham de ser "filhos do Estado"!