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República do Caústico

Já ninguém faz 15 anos

04.09.10, João Maria Condeixa

À Jonas e à equipa que mantém online boa parte da blogosfera lusa e que são parte importante destes 15 anos, os meus parabéns! Ao público em geral, ide aqui e vêde o que o mundo mudou desde então.

 

Em 1998 teclava eu, em html arcaico-básico, as minhas primeiras inscrições na internet. E que, ao contrário do que hoje se diz, desapareceriam da web passados poucos meses com o fim do "Terravista" e da minha página na "Meia Praia". Por um lado ainda bem! Acho que se lesse o que à data escrevi, ia ter o mesmo chlique que nos dá quando vemos aquelas fotografias da nossa irmã vestida nos anos oitenta com cores berrrantes, chumaços à Hulk Hogan, napa à Michael Jackson e cabelos frisados pela humidade dessa época.

 

E por aí andei, desamparado por uns tempos, até que em 2004, com a vida facilitada, pois já não me eram exigido um curso de programação tirado no MIT ou na Universidade Independente, entrei no Universo da blogosfera: primeiro no blogger (2004-2008) e depois no SAPO, que me atura , grama e recomenda - o meu egositemeter agradece! - desde 2008 até hoje.

 

Mas como o futuro ao SAPO pertence, é hora de lhe pedirmos mais! E que tal arrancar com um gadget com que sonho desde que nasceu este blog e que já se encontra disponível noutras plataformas? Precisamos de um "Like", ou em versão portuguesa,  de um "Boa Malha!" ou de umas "estrelinhas da cólidade postada"! Que diz a carta astral quanto ao futuro, Jonas? Parabéns!

Não é a apologia do político, mas...

03.09.10, João Maria Condeixa

Andando pela rua apercebemo-nos que, na generalidade, as pessoas têm sérias dificuldades em condenar os arguidos do processo Casa Pia, à excepção de "Bibi". Falta-lhes um político. Os políticos são muito mais fáceis de condenar com veemência! (E não, não estou a escrever uma indirecta por causa de Paulo Pedroso). Estes senhores, alguns desconhecidos do público e outros eternos companheiros de serões televisivos, são muito, mas muito mais difíceis de radiografar. O povo não lhes consegue traçar o perfil para lá da empatia que outrora com eles estabeleceu e, por isso, dificilmente, concordará com a condenação que a justiça lhes atribuiu. Vai portanto desconfiar da justiça ou morrer na dúvida..

 

Ao político não. Seja ele testemunha, constituído arguido, ilibado ou condenado, o povo "tira-lhe a pinta". E desconfia sempre, caso "o poderoso" se safe. A justiça, nestes casos, muito raramente se cumpriu.

 

Em casos como o de hoje, ao povo "custa-lhe a crer". Naqueles em que envolve um político a decisão do tribunal só pode ser uma: culpado.

 

E a este julgamento público ninguém foge.