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República do Caústico

Dejá vu

30.09.10, João Maria Condeixa

Com o PEC II, o PS tinha-se comprometido a controlar a despesa pública. Como não o conseguiu fazer, vai desviar o fundo de pensões da PT para cumprir a meta do défice e, posto isto, volta a pedir aos partidos da oposição que se deixem novamente enganar quanto às suas intenções para com a despesa e aos contribuintes quanto às suas intenções para com a receita. O problema na despesa não será tratado e a receita servirá para tapar os buracos que abriram e que irão continuar a abrir para tapar o sol com a peneira.

 

Acautelar tudo o que possa promover a destruição de emprego, do tecido empresarial e consumo privado fica para as calendas. E depois a outra é que era obcecada pelo défice.

A imagem que damos para o exterior...

30.09.10, João Maria Condeixa

...é inteiramente verdadeira. Veja-se a informação no site da Universidade de Columbia sobre o palestrante que por lá receberam há uns dias:

He [José Sócrates] was born in 1957 and spent his early years in the city of Covilhã. At the age of 18 he went to Coimbra, where he earned a degree in civil engineering. He received an MBA in 2005 from the Lisbon University Institute.

Ver aqui

 

 

 

A lata da rosa

29.09.10, João Maria Condeixa

Há quem lhe chame "spin". Há quem veja uma arte neste turbilhão de informação e contra-informação, sem perceber que o país precisa de um rumo e que os portugueses têm direito a conhecê-lo fora destas encenações, estratégias partidárias e agendas governativas. Ontem não havia por onde cortar na despesa, hoje tudo mudou e é prioritário reduzi-la. E o PS consegue vir dizer isto sem se rir, sem dar parte fraca, como se tivesse inventado a roda e os outros partidos nunca tivessem, sequer, aflorado o assunto.

 

Isto não crendo que terá sido um puxão de orelhas do Presidente da República que os terá feito arrepiar caminho. Para isso era preciso também acreditar no Pai Natal.

Orçamento: o casting do PS

28.09.10, João Maria Condeixa

Apontar Silva Pereira como negociador para o orçamento, é comprometer o desejado entendimento. Silva Pereira, enquanto réplica de Sócrates, é igual a uma "senhora" do Conde Redondo, enquanto réplica de boneca insuflável: ambos à base de plástico, mas os primeiros são capazes de apresentar "surpresas" que inviabilizam qualquer entendimento.

 

Silva Pereira não é conhecido pelos seus dotes diplomáticos e dele pode sempre esperar-se uma saída de cão de fila com cega fidelidade ao dono e protecção prioritária do seu rebanho. Pior mesmo, só o Ministro da propaganda, Santos Silva. Mas há primeiro que gastar os maus cartuchos antes do acordo final, onde entrarão em cena os verdadeiros responsáveis pela negociação. Concordo com o casting.

Revivalismos vários

28.09.10, João Maria Condeixa

Estive "fora" uns dias. Das notícias que me chegaram deu para perceber que o mundo mudou novamente no espaço de quinze dias e que isso significa que o país vai andar de tanga em tanga até ficar ainda mais de tanga, dando cobro à tanga do regresso do FMI - esse fantasma dos idos 80 que tal como qualquer outro sucesso dessa década, causa estranheza, mas parece fazer sentido recuperar e matar saudades por uns dias para depois o voltar a enterrar no baú das coisas "a nunca mais usar" -.

 

E que enquanto esse bicho-papão não chega, encenam-se discórdias entre os principais protagonistas dos dois maiores partidos, apontam-se aumentos de impostos com apoio do exterior, ameaça-se com despedimentos colectivos - que de facto ficavam bem a este governo, depois de ter originado a ocorrência de tantos por esse país fora - e teima-se em fingir que um qualquer limiano - ou outro tipo de flamengo, que em tempo de crise é tão apetecido e fácil de originar como no passado - não pode ocorrer e hipotecar a evocação desse "ser superior" que um dia terá iluminado Êrnani Lopes. Mas se nos quiserem continuar a apresentar malabarismos vários para mostrar "trabalho", por mim, tudo bem. Também estou quase a ir de férias...

Humor tecnológico by José Sócrates

23.09.10, João Maria Condeixa

Hoje de manhã acordo e vejo o vosso Primeiro-Ministro, embrutecido, respondendo a um jornalista que estava ali para "falar de tecnologia e não sobre a dívida portuguesa". Ao que parece foi de Metro e talvez por isso estivesse com maus modos e de feitio virado ao avesso quase a dar um tabefe ao Sr.. que tinha um microfone na mão por ele insistir em lhe perguntar aquilo que não "interessa nada agora" e ao qual ele não queria responder.

 

Depois dessa cena toda para projectar o "Portugal Tecnológico", vejo, a meio da manhã, que a escola premiada pela Microsoft para onde tinham sido enviados todos os gadgets socráticos, incluindo Magalhães conectados a quadros interactivos, vai fechar. Um ano após ter sido distinguida. Isto é de rir...

 

Será que já quer voltar a falar da dívida?

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