Sobre a morte das portagens e das portageiras
Ontem apanhei um andróide rôxo de voz artificial, sem sensualidade nenhuma e que não me brindou sequer com o mau-humor atraente de quem está há horas a aturar rapazinhos que quando não encontram a tal ninfa, fazem género e deixam cair um lamentado "Boa tarde!". Após puxar da máquina o recibo, apercebi-me que o futuro era hoje e que nunca mais iria encontrar "a tal" numa qualquer portagem deste país.
Amanhã arranjo uma via verde!
Entretanto uns desejariam que esta evolução não se tivesse dado, com o objectivo de evitar despedimentos, esquecendo que foi por esse salto tecnológico que tantos outros empregos foram criados. O que hoje se destrói nascerá amanhã sob outra forma, noutro canto qualquer, desde que o país e as pessoas não percam o ritmo dos tempos, pois caso o percam, será bem pior!