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República do Caústico

Acólitos Pecadores

18.05.10, João Maria Condeixa

 

Tão maus quanto as farsas que o Governo nos vai transmitindo, são os encobrimentos que os acólitos Socráticos vão orquestrando. Um deles, saído debaixo da asa da mãe socialista e vendo-se com espaço e capacidades próprias para altos voos, vai agora chilreando aquilo que até há duas semanas atrás nunca foi capaz de dizer.

 

O que Vítor Constâncio hoje aqui diz, não soube ontem, nem se apercebeu só anteontem. Preferiu ocultar o mais que pode até deixar o papel de regulador-Mor do Reino. E é este estado de servidão ludibriadora dos portugueses que me começa a meter nojo.

Mesmo que com tal contradição, Vítor Constâncio pareça agora um antigo servo, que antes de subir na vida, larga umas larachas de bôbo da corte, que pouco o afectam, a verdade é que quem foi enganado fomos nós. Os mesmos que irão pagar os erros que levaram a estas mentiras.

Salesman of the month

17.05.10, João Maria Condeixa

 

O nosso PM não pára de falar em exportações. E é bom que aproveite esta desvalorização do euro face ao dólar - hoje caiu um pouco mais - para incentivar as nossas empresas a procurar interessados mundo fora. José Sócrates não é um vendedor - excepto para a JP Sá Couto - mas como Primeiro-Ministro é bom que ajude a concentrar atenções nos frutos das nossas empresas. E foi isso que ele tentou fazer na Cimeira a que chegou hoje atrasado com uma imensa prosápia de vendedor, exaltando números, estatísticas e valências que fazem de Portugal um portento na Europa e uma nação alheia à crise.

 

Podemos ter um péssimo Primeiro-Ministro. Pode não saber governar. Pode ter passado estes anos a enganar-nos, mas reparei que usa a mesma técnica para fora e isso entusiasmou-me. Eu contrato-o como comercial da marca Portugal.

Sensibilidade e bom senso

15.05.10, João Maria Condeixa

Não deixa de ser irónico que a docente responsável pelas disciplina de actividades extra-curriculares de Torre de Dona Chama - sim, eu sei onde fica e já lá estive - tenha sido afastada pelo exercício de uma dita actividade extra-curricular que exerceu com garbo, beleza e um sensual e genuíno par de mamas.

 

Ao que parece, o bom senso da senhora professora não existiu e não foi capaz de discernir que para manter o respeito dentro e fora da sala de aula - como a profissão o obriga - não poderia pousar tão publica e impudicamente numa revista da especialidade. Agora anda meio mundo intolerante, não à lactose proveniente das glândulas mamárias da menina, mas ao comportamento desviante da dita, mostrando-lhe que ela teve mais a ganhar esquecendo o bom senso e o respeito, do que se tivesse ficado recatada no seu canto de professora a prazo contratada pela autarquia. Não só o protagonismo conquistado com a coisa foi ao píncaros - alguém sabe quem vem na capa da dita revista?- como se arrisca a ganhar um eventual processo judicial por ter sido afastada sem justa causa de uma função que à data de celebração do contrato em nada impedia que fizesse um tipo de trabalho destes.

 

Melhor para si, só se fosse professora de Religião e Moral, pois por cá, a moral e os bons costumes quando desatam aos gritos e perdem a sensibilidade no ataque acabam por beneficiar sempre as suas vítimas. E quanto mais essas vítimas se puserem a jeito, melhor para elas próprias.

 

Quanto ao estado da educação em Portugal, fica aqui bem retratado: o respeito e autoridade docente foi há muito perdido. A noção do valor que podem acrescentar a uma futura geração, também. A importância que reconhecem à sua função foi ralo abaixo. A realização que não encontram no mundo do ensino é crescente. Estes, como outros valores importantes para uma profissão tão digna, ficaram perdidos nas lutas entre sindicatos e ministérios que ao longo dos anos têm vindo a "educar" o ensino em Portugal, esquecendo outros aspectos igualmente, ou mais, prioritários.

 

PS - valorização confirmada hoje. Caché já terá subido.

Como acabar com o crescimento em 10 dias (2)

13.05.10, João Maria Condeixa

Por via do consumo interno: separe e aumente 3 escalões do IVA. Taxe ainda mais o rendimento ao mesmo tempo que assiste à subida da inflação, ou seja, do custo de vida. Corte disfarçadamente nas deduções fiscais - dizendo que não representam aumento de impostos - e verá o seu rendimento disponível ao final do ano entrar numa extraordinária redução. Não o tendo, não o poderá gastar e deixará de ser peça promotora de crescimento económico.

 

Apure tudo muito bem - ou deixe-se entrar em apuros caso aquilo que hoje lhe sobra seja à risca para pagar os créditos contraídos - e continue a votar naquele que há 15 dias lhe prometia não aumentar impostos ou naqueloutro que há 3 semanas se dizia capaz de votar contra o PEC ou reformular um Estado, acabando com institutos públicos em catadupa, gestores públicos sorvedoures, obras públicas sacrificadoras sem retorno e outros despesismos.

 

Enfim, aquele que se dizia capaz de resolver pela despesa este problema, mas que pondo o partido acima do país, manteve lugares, institutos e posições que no futuro lhe farão falta para ocupar e "emboysar" e que por isso se viu obrigado a aliar às Sócretinices do seu Primeiro!