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República do Caústico

Can we, still?

20.01.10, João Maria Condeixa

No Massachusetts, esse Estado Norte-Americano que ganha outra dimensão se for dito por alguém de Viseu com sotaque cerrado, há 47 anos que um democrata não perdia.

Dizem os Obamaentendidos (não me parece que o Carlos Santos comungue dessa opinião) que tal resultado advém da insatisfação com o mais recente Nobel da paz e das expectativas, entretanto goradas, que nele depositaram.

 

Não tendo vivido nos EUA, não sei se têm a mesma facilidade, ou até mesmo ansiedade, em constituir lendas de D.Sebastião como nós temos. Os desejados têm sempre esse senão: nunca correspondem às expectativas. Estou convicto que se D. Sebastião hoje regressasse seria rapidamente aniquilado pela opinião pública no espaço de dias (mesmo que lhe achassem piada ao estilo retro-fashion do senhor).

 

Ora Obama sofrerá do mesmo mal. E agora que vê diminuída a sua força em Washington com a perda deste senador, e já se fala se terá condições para avançar com uma das reformas mais aguardadas, a da saúde, receio que daqui para a frente comecem a ruir os primeiros sustentáculos de  uma popularidade e de uma esperança em alta. 

 

PS - E os mercados, como reagiram?

Quem se segue?

20.01.10, João Maria Condeixa

Enquanto uns discutem ainda se o timing de Manuel Alegre terá sido o melhor, António José Seguro, talvez fazendo jus ao nome, adiantou-se e cravou-se já naquele que será o candidato da esquerda. Estou convicto que não haverá espaço, nem tempo para outros perfis e que, agora, serão apenas apoios, compassadamente, a aparecer.

E já se sabe, nestas coisas, os primeiros a aparecer normalmente rapam a cobertura do bolo!

A pergunta é: quem se segue?

Agradecimentos do nado-vivo (em actualização)

19.01.10, João Maria Condeixa

É da praxe agradecer a quem nos dá as boas-vindas. E esta república não foge à regra. É Cáustica e não caótica, pelo que sabe a quantas anda e quem a recebe.

Obrigado, portanto, ao Paulo Ferreira e à Cláudia Köver p'lo A Regra do Jogo que não se inibiram de fazer uma dupla recepção; ao Miguel d' O Insurgente; ao Tomás Vasques do Hoje à Conquilhas; ao João Villalobos p'lo Albergue Espanhol; ao Nelson Reprezas do Espumadamente; ao Tiago Loureiro p'lo Golpe de Estado; ao Henrique Burnay p'lo 31 da Armada; ao João Gomes de Almeida do Amor nos tempos de Blogosfera; ao Francisco  Costa d' O Quatro e a tantos outros que via Facebook e depois de uma carga de SPAM me deixaram as boas-vindas.

Uma condecoração envenenada

19.01.10, João Maria Condeixa

Ao que parece a pretensa boa moeda condecorou a ex-(se a condecorou é porque já não o é, certo?) má moeda com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. Que o tempo em política é quase tão relativo como na geologia, isso já se sabia, mas daí a reciclar moeda com esta velocidade só pelas mãos do economista que, sempre despretensiosamente, um dia também foi fazer a rodagem de um carro a um congresso do PSD e o acabou por ganhar!

 

Cavaco Silva é dos poucos políticos que "raramente se engana" e ainda mais raramente dá ponto sem nó. Alegre está aí a tentar unir a esquerda e o centro-direita, onde se inclui o PSD, tem de estar todo preparado para o combate. Todo mesmo, incluíndo aqueles a quem ele um dia chamou má moeda!

 

 

Dúvida existencial

19.01.10, João Maria Condeixa

Se faz um ano que Obama tomou posse (e já falaremos sobre esse difícil balanço, que se poderia resumir numa palavra: hope!) também é natural que tantos outros Presidentes dos EUA façam hoje anos de emposse. Fui ver e é verdade: Clinton, Reagan, Nixon, JFK e também outros, provavelmente, tomaram posse neste dia.

 

Mais do que fazer um balanço deles e do seu mandato, teria a sua piada que alguém com background para isso (eu não me voluntario) fizesse, em linhas gerais, o que mudou no mundo com esta ou aquela decisão deste ou daquele Presidente.

 

Se fosse eu a coisa poderia correr mal, mas tentemos num instante: Clinton revolucionou a indústria pornográfica e o que fez ficou ainda mais abrilhantado graças ao seu sucessor G.W. Bush. É o chamado, "atrás de mim virá quem bem me fará". 

Reagan revolucionou a indústria cinematográfica (a regular) e o mundo da espionagem (muitos caíram no desemprego, daí ter baixado os impostos, ao contrário do que por cá não sucede) com o fim da Guerra Fria.

Nixon revolucionou também a indústria cinematográfica ao terminar com o Vietname e criou o chamado "escândalo político" que cá parece ainda não ter chegado.

JFK revolucionou a indústria cinematográfica, literária, dramática, amorosa, romântica e demais estilos e preparava-se para mudar o mundo...

 

Todos mudaram o mundo. Gostava de ver uma grande, e séria, reportagem sobre isto!

De volta à má vida

19.01.10, João Maria Condeixa

Já andava cansado, meio apático, a segurar-me pelas paredes da blogosfera, quando me apercebi que a falta de motivação obrigava a uma saída. Vai daí, como qualquer viciado que se encontre em rehab (termo muito mais fashion para desintoxicação) rompi com tudo ao mesmo tempo: deixei de ler blogues, deixei de bloggar e twittar, larguei muitos outros hábitos com base em neologismos e deixei de ler jornais até à última página.

 

Só que depois a ressaca entrou corpo a dentro e tive de encontrar uma qualquer metadona, sendo que a sala de chuto mais próxima estava ali prós lados do facebook. A cada status lá fui recuperando o vício e por cada comentário recebido crescia a vontade de voltar a esta vida.

E aqui estou! Volvidos quase dois meses de alheamento, a ver uma enxurrada de temas a passar, estou de volta!

 

Agradeço os apoios, as ovações e os confetis, mas deixo um agradecimento especial à Jonas por me ter devolvido à má vida e ao Pedro Neves, da equipa do Sapo, por ter transformado um desenho de uma folha de papel num blogue com aspecto de gente importante.

 

Let the good times rool!

 

 

Sem sentido de oportunidade

19.01.10, João Maria Condeixa

Hoje arranca o República do Cáustico. Pode-se dizer que é um dia arriscado se nos lembrarmos que faz hoje  um ano que Obama tomou posse e que a blogoesfera, de tão ocupada que vai estar a fazer esse balanço, nem vai dar por este nascimento.

Mais, aquela que não estiver a falar de Obama, vai estar a reflectir sobre passeios Alegres e Orçamentos de Estado (e ainda bem), por isso, está visto, hoje é um dia arriscado!

 

Real Constituição da República do Cáustico*

14.01.10, João Maria Condeixa

Leia atentamente este folheto antes de tomar a constituição como sua.

Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.

Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico, farmacêutico ou constitucionalista de família.

 

Apresentação

Cada linha desta República contém 1mg de pura Causticidade©, podendo ser apresentado sob a forma de humor, raiva, mera especulação ou abordagem séria e quase institucional.

 

Categoria

Adjuvante da antibioterapia social

 

Propriedades e Indicações Terapêuticas

A Causticidade©, enquanto substância activa, está indicada no tratamento sintomático de todas as situações clínicas externas para as quais não se antevejam soluções a curto-prazo: a asfixia pelo Estado, cefaleias de origem fiscal, reacções de hipersensibilidade a casos de corrupção, traumas de origem económica, azias futebolísticas e atrofia ou até falta dos órgãos genitais externos.

 

Contra-indicações

Substância activa está contra indicada em casos de hipersensibilidade que possam, ainda que em pequenas porções, manifestar episódios de arrogância ou malvadez.

 

Posologia

Crianças – é-lhes garantido o direito constitucional de ficarem no quarto a brincar.

Adultos – de duas em duas horas em tempos de crise aguda ou financeira; Nesta República a Causticidade© será administrada sempre que a disponibilidade o permitir. Mínimo uma dose diária. Máximo aquelas que o Administrador que emprega o autor tolerar.

 

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não se conhecem efeitos. A Causticidade© apenas interfere na condução de governos.

 

* A incongruência do título tenta espelhar  tantas outras em que o Estado é fértil. A laicidade Estatal e a sua relação com a Igreja dava para um rol interminável de outros exemplos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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