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República do Caústico

A gravar os números para depois recordar

26.01.10, João Maria Condeixa

Um défice que começou perto dos 5%,acabou por ser estimado da última vez pelo Governo como estando próximo dos 8. Prevê-se que afinal tenha sido de 9,3%, pelo que houve uma derrapagem de mais de 1% só desde a última previsão.

Ainda assim, prevêm um défice de 8,3% para 2010. Quantos meses levará a chegar aos dois dígitos?

Já a dívida pública fica nos 85% e o desemprego a rondar os 9%. Como se vê o futuro não é risonho.

 

Estou descansado por ver as grandes obras públicas avançarem...!

 

 

E o que chove lá fora?

26.01.10, João Maria Condeixa

Ao que parece o Tiago Moreira Ramalho foi escrever para longe, lá para os mesmos montes onde a personagem Grenouille d' O Perfume se refugiou a dada altura. Que Plomb du Cantal seja inspirador para fazer de Plomb du Cantal um bom blogue.

 

Se um anónimo assinar, deixa de o ser. Mas o J.M. Coutinho Ribeiro tem lá o nome bem patente e continua O Anónimo.

 

Passam os dois para a barra lateral

 

 

Aguarda desfecho

26.01.10, João Maria Condeixa

Os nossos governantes têm uma tendência impressionante em desacreditar quem lhes convém: Teixeira dos Santos teimava em dizer que não existia nenhuma crise até ao dia em que a dita lhe bateu à porta. Ana Jorge, muito embora tivesse passado mais serões em minha casa do que o Vitinho, diz que a reacção mundial sobre a gripe A não foi nada exagerada e que não presenciámos uma falsa epidemia. Esta novela que aí vem aguarda desfecho!

 

Agradecimentos do nado-vivo (em actualização) 2

26.01.10, João Maria Condeixa

É das regras de boa educação blogosférica agradecer a quem nos dá as boas-vindas ou nos aconselha aos seus leitores. Desta feita foi a balzaquiana (no bom sentido, se é que outro há) Bomba-Inteligente a fazê-lo, pelo que deixo aqui o meu muito obrigado!

 

Agradecimentos também ao Pedro Correia que em nome do Delito de Opinião (blogue com quem espero ir trocando umas postas) dá as boas-vindas a esta República.

Publicidade aqui não. É o meu carro!

26.01.10, João Maria Condeixa

Podem não acreditar mas aguardo pacientemente que me enviem um dístico (Portugal adora dísticos) igual aos amarelos das caixas de correio, mas que dê para colocar no carro.

 

Estou saturado de chegar ao meu bólide e de me sentir como um VIP de meia-tigela que é convidado por tudo e por nada, tanto para um salão de cabeleireiros (quem me conhece sabe que não preciso) como para a pizzaria mais próxima que agora ("agora" para eles significa "sempre") tem descontos imperdíveis. No meu pára-brisas cai de tudo: bate-chapas, electricistas, pizzarias, imobiliária (cromo hiper-repetido), Prof. Karamba e videntes associados, multas da GNR e EMEL, etc. Mas há um destes que odeio mais que todos os outros e que se propõe a comprar o meu carro antes que mais ninguém o faça. Quase todos os dias lá está, no vidro da frente ou no detrás, a desconsiderar a minha peça automobilística, lembrando-me que a cada dia que passa ela perde valor. O tal papel cria rugas no meu carro, causa-lhe artrites e deixa-o deprimido. A mim deixa-me com vontade de o trocar, mas não é com os senhores da dita publicidade, por isso parem de encher o meu carro de papelada antes que eu faça queixa da vossa empresa à "Associação Contra a Desflorestação da Amazónia".

Diferenças só se for no índice

25.01.10, João Maria Condeixa

Desenganem-se aqueles que acham que o PSD de Ferreira Leite foi pouco esforçado nas propostas que apresentou na negociação ou que comete um erro táctico com esta abstenção. Não é falta de rumo. Não é desnorte. É impossível outra postura  ou propostas alternativas quando as diferenças não existem! 

 

 

OE 2010 e um amadurecimento geral? (2)

25.01.10, João Maria Condeixa

Como dizia no post anterior, a propósito de negociações, a crise parece ter trazido algum amadurecimento às partes. E utilizei o exemplo da Autoeuropa para o ilustrar. Mas Portugal precisa de muito mais do que um entendimento daquele género:

 

A Autoeuropa produz e aliás um dos problemas que tinha era produzir mais do que a procura. Vai daí ajustou-se. Portugal não produz o suficiente e parece não querer ou conseguir ajustar-se.

 

A Autoeuropa ajustou-se em grande parte graças a uma flexibilidade laboral que no resto de Portugal continua a assustar os direitos e o barões assinalados. Talvez também por isso nunca passemos além da Taprobana.

 

A Autoeuropa não tem o 5% de défice para recuperar até 2013 e muito menos tem uma dívida pública que atingiu os 77% do PIB. Antes deste cenário já a VW teria transferido ou terminado com a unidade. Portugal apesar deste cenário insiste em não controlar a despesa e por via da receita as coisas não se afiguram favoráveis. Uns dizem que só um aumento de impostos nos pode salvar. A propósito disso a Autoeuropa pensa nos clientes como sendo aqueles que lhe pagam o salário. Portugal pensa nos contribuintes da mesma forma, mas pouco ou nada lhes dá em troca a não ser mais hipotecas futuras.

 

A Autoeuropa já contrata mais mão-de-obra. Já Portugal...