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República do Caústico

Mais um par de décadas e vamos lá...

09.02.10, João Maria Condeixa

Acabei por ver de relance a entrega dos prémios da Sociedade Portuguesa de Autores. Tinha convidados de honra nos bastidores, na plateia e pelas salas de uns quantos milhões de lares portugueses. Ainda assim tudo se passou como se de encher chouriços se tratasse! Apresentações a correr, anúncios dos prémios com ritmo de relatos futebolísticos, actuações de qualidade despachadas a toque de caixa, enfim, tudo o que de mais amador pode existir. Digno de uma qualquer festa da paróquia.

Infelizmente, se fosse para projectar 10 pequenas vozes de cana-rachada em vésperas de mudar de tom pela puberdade, a atenção, o detalhe e investimento teria sido maior. Valeu-nos a apresentadora não ser a Júlia Pinheiro nem o Goucha.

Mas que esperar de uma organização que coloca como categoria de abertura o prémio para "melhor filme"?

Da próxima vez façam favor de ver, pelo menos uma vez, uma edição dos Óscares e se possível de caneta na mão para apontar umas coisitas...

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