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República do Caústico

Fechou uma porta para uns dias de sossego..

04.03.11, João Maria Condeixa

 

O governo sofre de dois males para os quais nem o melhor druída deste mundo tem a cura: a falta de noção das suas responsabilidades e competências - insistentemente mantém a presunção de se fazer substituir à economia nas promessas que traça - e a comprovada incapacidade em executar as reformas - que é um defeito de nascença que se agravou com a maioria relativa, facilmente, comprovável através de todos aqueles recuos, derrapagens e reavaliações que até agora só resultaram em nados-mortos -.

 

Hoje até a maioria do eleitorado português, inclusive aquele que caiu na esparrela da promessa dos 150 000 empregos, sabe e reconhece esses males, pelo que é de estranhar que a senhorita Merkel se constitua refém da ilusão, à imagem da inocência angelical de um PSD em vésperas de PEC. Se fez aquele número de "spin" á la Sócrates para "os mercados" e para consumo interno português, foi porque alguma coisa ganhou em troca. Merkel ganhou poder e um trunfo fatal:

 

Merkel sabe que residirá na execução das reformas o ponto-chave para Portugal melhorar, mas também sabe que este governo não tem essa capacidade. Ao alertar para isso, basicamente, terá dito: têm tudo para o fazer e contam com todos para dar a volta. Não conseguindo, escusam de vir novamente bater a esta porta.

E Sócrates, por mais um balãozinho de oxigénio hipotecou novamente o país.