Nunca é demais recordar
"Ah mas a direita também não seria capaz de evitar a escalada do desemprego!"
Falso. Para dar cabo das empresas e do emprego já basta a crise, não é preciso pedir ajuda ao Estado. Mas, ao optar por esta política orçamental o governo escolheu matar a economia, aniquilar o consumo e a procura interna. Preferiu esbulhar por via da receita fiscal os contribuintes apagando os erros e escamoteando a despesa pública pela qual é responsável, sem perceber que o que arrecadava para os cofres do Estado iria sair pelo lado dos apoios ao desempregados a curto e médio prazo e por outros apoios sociais.
Quando, já no limite, as PMEs se deparam com o crédito mais restritivo - também resultante do clima de retracção de que os bancos se previnem - com uma sobrecarga fiscal agravada e uma consequente descida na procura, nada lhes resta muita vezes senão despedir e/ou fechar portas.
Daí que a direita queira poupar as empresas. Pois reconhece que cada uma que "poupa" é, pelo menos, um emprego que salva, um potencial - por microscópica que seja a empresa - motor quer está a preservar para ajudar o país no momento da recuperação e um apoio que o Estado evita dar.
O desemprego seria alto, mas não chegaria aos níveis a que iremos assistir durante o próximo semestre, fosse a direita que estivesse no poder.