Um pavão na pateira

Eu vivo num país onde, entre a ida de Durão Barroso à Presidência da República e a chamada de urgência de Teixeira dos Santos ao Palácio de Belém, há tempo para um Primeiro-Ministro encher o peito e vangloriar-se com os números de 2010 ignorando por completo a retracção do último trimestre, que é prenúncio da recessão anunciada por muitos especialistas para o ano de 2011.
Como se as razões que levaram as outras 3 personalidades políticas a reunir não fossem diametralmente opostas ao seu optimismo. E enquanto José Sócrates quiser fazer este papel de quem não pertence a esta história, de quem está ali para lançar adornos, não há como levá-lo a sério. E também por isso deve ser contestado, pois esconder, atrás de uma cauda de matizes electrificantes, uma pateira de imundícies e dificuldades, também é mentir.
Querem exemplos das dificuldades que Sócrates teima em esconder? Taxa de desemprego atinge recorde histórico de 11,1%