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República do Caústico

Um pavão na pateira

16.02.11, João Maria Condeixa

Eu vivo num país onde, entre a ida de Durão Barroso à Presidência da República e a chamada de urgência de Teixeira dos Santos ao Palácio de Belém, há tempo para um Primeiro-Ministro encher o peito e vangloriar-se com os números de 2010 ignorando por completo a retracção do último trimestre, que é prenúncio da recessão anunciada por muitos especialistas para o ano de 2011.

 

Como se as razões que levaram as outras 3 personalidades políticas a reunir não fossem diametralmente opostas ao seu optimismo. E enquanto José Sócrates quiser fazer este papel de quem não pertence a esta história, de quem está ali para lançar adornos, não há como levá-lo a sério. E também por isso deve ser contestado, pois esconder, atrás de uma cauda de matizes electrificantes, uma pateira de imundícies e dificuldades, também é mentir.

 

Querem exemplos das dificuldades que Sócrates teima em esconder? Taxa de desemprego atinge recorde histórico de 11,1%