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República do Caústico

Extremamente competentes na incompetência

15.02.11, João Maria Condeixa

Gosto de ver incompetentes declarados agirem, com toda a lata do mundo, como se a qualidade lhes transbordasse da alma. Gosto, dá-me gozo e chega a ser das melhores personagens cómicas que consigo identificar. Para aqueles que já estão a dizer "lá está ele a falar de Sócrates", lamento desiludi-los, mas não. Não estou sequer a fulanizar - haverá palavra mais pretensiosa que esta mistura de rasca com erudito no dicionário português? -.

 

Falo de uns arreigados incompetentes que existem por todo o lado e que passam a vida a lamentar-se do trabalho, das condições e da incompetência dos que os rodeiam, sacudindo o seus erros para cima de outros; ou daqueles seres pequeninos que se brigam, como as mulheres na apanha do buquê, pela coroa de louros que não lhes pertence; ou daqueles que vêm reclamar dividendos sobre o trabalho que não fizeram, como aqueles arrumadores que estendem a mão p'ra moedinha sem terem sequer encontrado o lugar ou ajudado à manobra.

 

Todos estes exemplos podiam ser José Sócrates e a sua postura perante a economia do país, mas não são Falo no geral, pois claro, de todos aqueles que fazem da incompetência uma manifesta arte!

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