O vírus do InvestimentoPúblicoN1
Há uns meses atrás vi o primeiro espirro resultante de um vírus grave ser lançado por Guilherme d'Oliveira Martins - e não falo dessa patranha mundial do H1N1 em que a nossa Ministra da Saúde parece ser a única pessoa ainda crente -.
Falo de um vírus que ataca aqueles que de tanto defenderem o investimento público acabam por cair em extremismos sem sentido. O Presidente do Tribunal de Contas lá para meados de Outubro, ao estilo dos anos 30, defendendo o investimento público, dizia: "Mais vale fazer e fazer mal, do que nada fazer!"
Foi um espirro que praticamente passou despercebido mas que parece ter infectado umas quantas mentes humanas portuguesas que também elas agora indicam que o rumo a seguir é aquele onde se devem disfarçar a todo o custo as estatísticas de hoje, nomeadamente as do desemprego, para pagar - se conseguirmos! - amanhã. Onde foi parar aquela conversa da sustentabilidade?
Ao que parece o vírus chegou à Ordem dos Economistas e faz com que o seu Bastonário cometa destes dislates: "O fundamental, neste momento, é que haja investimento. Sob a forma de investimento público ou em articulação com o sector privado.. Já nem interessa se esse investimento é rentável ou não!"
Responderão o mesmo a cada projecto empresarial que lhes passa pelas mãos? É que eu estou cheio de ideias mas confesso que tenho algum medo (é mesmo isso, só medo) de arriscar!