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República do Caústico

Visão de longo prazo e a falta que ela nos faz

18.08.11, João Maria Condeixa
Há famílias que vivem sempre em crise e que por isso adiam eternamente soluções de investimento que lhes aliviem as despesas correntes.   A família Estado - que às vezes se vai esquecendo que é descendente do Zé Povinho - é disso maior exemplo. Embora seja a maior proprietária de imóveis em Portugal, muitos dos quais resultantes de doações com indicações específicas do uso a dar, não foi capaz de encontrar tempo ou dinheiro para se mudar de um imóvel arrendado para (...)

Em Londres como cá

10.08.11, João Maria Condeixa
Substituam as lojas por árvores, os vândalos por pirómanos contratados, o betão pela floresta e digam lá se Portugal não sofre do mesmo mal a cada Verão que passa. Lá agravam a situação de todos pilhando as coisas dos outros. Cá agravam a situação de todos pegando fogo àquilo que também é seu.

Reforma e para ontem

09.08.11, João Maria Condeixa
Perante a ameaça de uma nova crise mundial - se é que saimos da de 2008/2009 - , importa mais do que nunca reformar e reestruturar um país para se preparar para um embate na balança comercial com a diminuição das exportações. O que aí vem não é macio:   se por um lado sofremos cortes no crédito com os cortes no nosso rating e nos embrulhamos na nossa (in)sustentabilidade financeira, por outro passamos as passinhas do Algarve sempre que os outros sofrem cortes nos (...)

Uma Siglolândia

09.07.11, João Maria Condeixa
  Portugal é uma Siglolândia! Vive embrulhado em siglas e nele é rei, quem souber o seu significado, propósito e dotação orçamental!   É que por cá há Conselhos Nacionais para tudo e mais alguma coisa - que a bem dizer até podiam ser o CNPTEMAC -, Institutos para aquela e a outra área - conhecidos como os IPAEOA - , Comissões para isto e para aquilo - as CPIPA - as Confederações que representam aqueles todos - as CQRAT -, as Agências deste mundo e o outro - as ADMEOO - (...)

Das fusões, eliminações e cortes (2)

06.07.11, João Maria Condeixa
Portugal por não ter gás não pode dar-se ao luxo de ter uma estrutura estatal como aquela que vi em Moscovo. Mais do que uma questão ideológica trata-se de uma postura pragmática de sobrevivência. Daí que a extinção e as fusões de alguns serviços sejam tão importantes e prioritárias.   Só que estas ao acontecerem lançam um custo sobre a taxa de desemprego - que pode subir - e sobre as responsabilidades sociais do Estado - que podem aumentar - num momento em que, (...)

Das fusões, eliminações e cortes

06.07.11, João Maria Condeixa
Visto de longe, o Museu Tetryakov em Moscovo parece uma grande superfície capaz de concorrer com o Continente da Amadora ou o Jumbo de Gaia, mas sem terreno para estacionamento. Também não tem à porta a azáfama de entra-e-sai domingueira e a falta de sacos de plástico cheios de compras denuncia que ali não vamos encontrar lineares repletos de latas de atum.   Lá dentro está o recheio de um Museu de Arte Contemporânea bastante bom e surpreendente - não tão bom quanto o Pushkin, (...)

Pessoa, o incompreendido

14.06.11, João Maria Condeixa
Os portugueses não entendem Fernando Pessoa. Eu falo por mim e pela dificuldade que tenho em entender tudo o que dele vou lendo. Escapa-me. É triste termos tamanho génio sem que o compreendamos. Pior é com isso nos darmos por satisfeitos. Faz falta uma cultura pessoana, um motor que fomente a sua leitura e compreensão. E não a reclamem ao Estado:   Ontem ao entrar na Bertrand para comprar um qualquer livro passei pela estante da poesia sem que nada me saltasse à vista. Nem um (...)

Lisboa é lindé!

13.06.11, João Maria Condeixa
Pra mim tanto me faz qual é a mai lindé: se é Alfama, a Madragoa, a Bica ou o Castelo. Eu gosto é daquela fumarada da sardinha misturada c'a  da bifana, tudo servido numa molhada de gente alegre e bem disposta que berra mais do que aquilo que fala e que grita mais do que aquilo que berra.   Gosto do bailarico que repete vezes sem conta o "..passo o dia a sonhar contigo.." do grande Tony, sobretudo quando em versão medley interminável tocada pelo órgão korg de um anafadinho que, (...)

Dia de Portugal. Um testemunho de além fronteiras

10.06.11, João Maria Condeixa
À luz do jornal i, resolvo aqui publicar o testemunho de alguém que olha o nosso país de fora e em duas linhas o aceita descrever. A verdade é que podia ter ido mais longe. Portugal chega muito mais longe. Mas na República Checa tem uma legião de fãs. Aqui fica um testemunho de uma delas: When I visited Portugal for the first time I felt like home. We dont have the beautiful ocean, sunsets over the sandy cliffs, tasty pasteles, incredible red wine and lisping singing language which (...)