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República do Caústico

OE2012: do corte na despesa

17.10.11, João Maria Condeixa
No dia em que é anunciado um corte de 30% nos salários das Empresas Públicas, o Primeiro-Ministro é posto, por estas mesmas razões - pasme-se! - no "vermelho".   Pediram-se cortes, gritava-se pelos cortes, tardavam os cortes e eis que chegados a eles, berra-se contra os cortes! Por acaso já previa isto.   Da mesma forma que já previa que aqueles que vociferaram contra a TSU, passassem a ser dela os seus maiores adoradores. Queixam-se agora dela ter permanecido inalterada, (...)

O fetiche do voto do betão

03.10.11, João Maria Condeixa
O que Alberto João Jardim fez, o PS e José Sócrates e os últimos governos em Portugal também fizeram, indo para além das suas possibilidades, gastando para lá daquilo que produziam, hipotecando, sem olhar a um crescimento sustentável, o futuro que se avizinhava. Com isto não pretendo defender AJJ - aliás, se interessados houver, bastará verem posts anteriores sobre a questão da Madeira para perceberem que estou longe de desculpar o senhor -  mas a verdade é que ele não fez o (...)

Raios que já nem os ricos são egoístas!

25.08.11, João Maria Condeixa
Amorim diz não ser rico, mas antes trabalhador. Eu digo o mesmo. Só que ao contrário de mim ele pode acreditar totalmente na minha afirmação.   Mas se esta afirmação foi infeliz, todas as outras, nacionais ou estrangeiras, não o foram menos. Em vez de dizerem que sim e de se armarem em beneméritos de circunstância - pois se o quisessem mesmo ser já podiam ter feito avultadas doações sem que nada os impedisse - deveriam antes ter dito que não andam a gerar riqueza para (...)

Hobbes, Locke e Rousseau: 3 financeiros

22.08.11, João Maria Condeixa
O melhor indicador de cortes na despesa e na estrutura do Estado é a discussão ideológica. Quanto maior esta for, maior será o corte. Quanto mais se falar em Hobbes, Locke e Rousseau, mais profunda e estudada promete ser a coisa. Portugal deve ser o único país do mundo onde a receita para as finanças sai de um livro de ciência política.

Visão de longo prazo e a falta que ela nos faz

18.08.11, João Maria Condeixa
Há famílias que vivem sempre em crise e que por isso adiam eternamente soluções de investimento que lhes aliviem as despesas correntes.   A família Estado - que às vezes se vai esquecendo que é descendente do Zé Povinho - é disso maior exemplo. Embora seja a maior proprietária de imóveis em Portugal, muitos dos quais resultantes de doações com indicações específicas do uso a dar, não foi capaz de encontrar tempo ou dinheiro para se mudar de um imóvel arrendado para (...)

Das fusões, eliminações e cortes (2)

06.07.11, João Maria Condeixa
Portugal por não ter gás não pode dar-se ao luxo de ter uma estrutura estatal como aquela que vi em Moscovo. Mais do que uma questão ideológica trata-se de uma postura pragmática de sobrevivência. Daí que a extinção e as fusões de alguns serviços sejam tão importantes e prioritárias.   Só que estas ao acontecerem lançam um custo sobre a taxa de desemprego - que pode subir - e sobre as responsabilidades sociais do Estado - que podem aumentar - num momento em que, (...)

Das fusões, eliminações e cortes

06.07.11, João Maria Condeixa
Visto de longe, o Museu Tetryakov em Moscovo parece uma grande superfície capaz de concorrer com o Continente da Amadora ou o Jumbo de Gaia, mas sem terreno para estacionamento. Também não tem à porta a azáfama de entra-e-sai domingueira e a falta de sacos de plástico cheios de compras denuncia que ali não vamos encontrar lineares repletos de latas de atum.   Lá dentro está o recheio de um Museu de Arte Contemporânea bastante bom e surpreendente - não tão bom quanto o Pushkin, (...)

Próximo passo: largar a agência de viagens

22.06.11, João Maria Condeixa
Meio mundo histérico de alegria com o exemplo dado por PPC, que é meritório. Há muito tempo que os portugueses não viam um gesto nesse sentido - dos políticos serem compartilhadores das dificuldades vividas - e por isso espantam-se e batem palmas efusivamente. Em 24 horas vêem um a andar de Vespa e outro a passar de "cavalo para burro". Sinceramente, Portugal precisava deste tipo de sinais.   Mas a mim ainda me falta perceber por que raio precisa o Estado que seja a Top Atlântico a tratar-lhe dos bilhetes, se a TAP até é sua! (...)