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República do Caústico

Diz-me quanto vales, dir-te-ei quanto hás-de pagar

30.06.11, João Maria Condeixa
Dêem uma folhinha de Excel com o cálculo dos custos de mão-de-obra aos que dizem que a redução da TSU não serve às empresas para ver se passam a perceber o que está em causa. Só para terem uma noção em quanto onera o Estado a empresa por trabalhador, antes de rejeitarem qualquer número que venha a ser avançado.   Isto já é antigo mas fica como exemplo:   A redução das (...)

O café a quem o trabalha

19.04.11, João Maria Condeixa
Trabalha que nem um cão. Serve à mesa num pequeno restaurante, um café, quase, cujo nome não pronuncio, não vá um sindicato fechá-lo junto com a ASAE e eu ficar sem as suas iguarias. Diz-me que já teve um restaurante seu, mas que com a quebra de clientela, as avenças obrigatórias, as responsabilidades de empregador, os impostos e outras asfixias, fez as contas e preferiu vender e passar a trabalhar para outrém. Não se arrepende.   Foge à lei laboral para poder sustentar a (...)

O emprego não vem com o canudo

14.09.10, João Maria Condeixa
O emprego para a vida acabou. O curso que conduz a um emprego em específico, tal como ainda o conhecemos, também definha a cada ano. E isto assusta uma geração a quem obrigaram a atravessar o deserto da empregabilidade. Uma geração que pode estar perdida caso não entenda que não pode, nem deve, seguir os passos dos seus pais, ainda que estes os recomendem. Mas pensar, num momento em que o desemprego assombra cada esquina, em aumentar o grau de instabilidade, parece ser de loucos. (...)

Profissões suspeitas

02.09.10, João Maria Condeixa
O Dentista é um ser demente. Sim, vim de um há bocado e ainda estou revoltado estupefacto com aquele ser de bata branca e máscara à japonês que consegue ver beleza num escancarar de boca por nela descobrir, por técnicas que permitiriam salvar 33 homens no Chile, o mal de umas dores insignificantes que em determinado siso se resolveram instalar. Quem vê beleza nisto, é demente, insano, louco!   Ainda bem que os há, não me entendam mal, mas a verdade é que só um ser (...)

Sobre a morte das portagens e das portageiras

10.08.10, João Maria Condeixa
Ontem foi o dia em que as portagens morreram para mim. Até então vivi a imensa esperança de vir a encontrar um anjo da Victoria's Secret a pedir-me o talão, enquanto me perguntava de forma inteligente e simpática se podia voltar a passar por lá amanhã. Dirão que combinação tão perfeita é uma utopia. Dirão que a possibilidade de encontrar tal diva é microscópica e que a dela querer que eu lá voltasse nanoscópica seria. Mas eu vivia assim, na expectativa, sem via verde, e (...)

Meu querido mês de Agosto

03.08.10, João Maria Condeixa
Agosto é o mês do emigra voltar a casa e rever os familiares e amigos. Mas o emigra mudou. E em vez de voltar em "ótomóvel" de marca alemã com galhardete do clube local no retrovisor e "naperón" da Ti Clotilde na chapeleira, entra em Portugal por meios aéreos com "troller Sam&SóNight" e muito mais discreto. Já não tem a pretensão de fazer uma casa nas Beiras com o resto dos azulejos da fábrica local que faliu - até porque se sentiria humilhado pelos projectos de José (...)