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República do Caústico

Em Londres como cá

10.08.11, João Maria Condeixa
Substituam as lojas por árvores, os vândalos por pirómanos contratados, o betão pela floresta e digam lá se Portugal não sofre do mesmo mal a cada Verão que passa. Lá agravam a situação de todos pilhando as coisas dos outros. Cá agravam a situação de todos pegando fogo àquilo que também é seu.

A burrocracia do Estado

15.06.11, João Maria Condeixa
Andava eu na faculdade e Portugal nos primórdios da reciclagem quando num dia como outro qualquer fui enxovalhado por não saber fazer, tão bem quanto um chimpanzé que entretanto viria a aparecer nos anúncios televisivos, a separação das embalagens. Fui gozado, rotulado de retrógrado, irresponsável e criticado pela minha falta de pontualidade - nunca percebi esta parte da crítica. Será que a malta da Quercus é de uma pontualidade britânica? -.   Mas a verdade é que passado (...)

Não são todas a Ana Gomes. Também as temos simpáticas.

08.06.11, João Maria Condeixa
A menopausa deve ser tramada. Lembro-me que avariou por completo o termóstato à minha mãe. Podia estar um frio de rachar, os nossos dentes a bater castanholas, neves siberianas a atravessar a casa e o vento Norte a respirar calotes polares que ela se virava para nós, já Yetis latinos, e dizia: Meninos, abram as janelas que está aqui um calor que não se aguenta! - e "trás", lá sacava do leque que a partir dali se tornara um adereço imprescindível à sensualidade feminina.   Mas (...)

Censos a censurar (3)

05.04.11, João Maria Condeixa
Os portugueses gostam de enganar o Estado, sobretudo quando for ele próprio a pedi-lo, para poder depois enganá-los a eles. Eu explico tamanha complexidade: ao formular uma pergunta daquela forma sobre os recibos verdes, o Estado está a pedir aos portugueses que respondam ocultando a verdade, considerando legal aquilo que é ilegal, para depois poder ser ele a ocultar a verdade nas estatísticas e pintar uma realidade bem mais risonha. É, pois, uma espécie de peneira comum e colectiva (...)

Censos a censurar (1)

05.04.11, João Maria Condeixa
  Apesar de ainda não ter preenchido o Censos - talvez o faça esta semana junto com o totobola - já me apercebi que aquilo está de tal maneira bem feito que ainda antes de apurados os resultados ou respondidas as questões, já é possível caracterizar a sociedade portuguesa. Vamos a isto:   Os portugueses são doidos por inquéritos e a coscuvilhice pegada. Só isso explica tamanha boa vontade e dedicação no preenchimento dos formulários, quando noutra qualquer situação (...)