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República do Caústico

De volta ao país que não soube defender

18.04.10, João Maria Condeixa

 

 

 

A cobertura ao regresso atribulado de Cavaco a Portugal é maior que às suas presidências abertas, ou roteiros, como ele lhes gosta de chamar. Espero que chegue bem, mas muito honestamente não preciso de saber se já parou para esticar as pernas ou para um humano xixizinho. Tão pouco me interessa saber quantas vezes é que as crianças a quem deu boleia lhe perguntaram "já chegámos, pai Sr. Presidente?".

Preferia antes saber porque não se indignou mais com o rude e improtocolar registo de Klaus que zombou com ele, com as nossas contas públicas, com o nosso governo - por fácil que seja - enfim, com todos nós e no fim ainda se desculpou com uma patranha socialista, aka "PEC Salvador do Mundo", dizendo que "em 2013 teremos um défice de 2,3%, melhor que a própria República Checa". Não se defendeu, esqueceu-se de nos defender, e ainda deu ares de quem nos enfia - e ajuda a enfiar - barretes sempre que quiser!

O seu regresso atribulado é a paga por ter sido tão displicente.

 

Imagem extremamente adequada: "We Have Kaos In The Garden"

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